segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O oco.

 Remôo os fragmentos dessa desilusão que me corroi os  sentidos.
 Eu pensei em jurar o esquecimento.Eu pensei em hospitalizar-me a alma.
 Juro que não é proposital.
 Eu queria fazer escorrer o líquido inflável que queima meu corpo e derrete meu coração.Eu poderia juntar seus pedaços e te fazer um novo ser, pela metade.
 Eu desejo amor ao mundo que violentei. Eu te queria e vou te querer até o último grão de areia ser contado.
 Ah,se eu pudesse moldar um templo onde os anjos cantam com os olhos e os demônios agridem com as harpas...
 Se eu pudesse assoitar os pássaros e cuidar de uma vespa com tanto zelo que chegasse a amá-la, eu o faria...
 Essa mente doente e invejada que domina um corpo cansado, também ama uma mente doente.
 Aqueles olhos profundos que acidam os meus,e derretem minha alma,me machucando e criando feridas que jamais serão apagadas. Ah,se eu tivesse força e desejo o suficiente para cegar-lhe...
 Alma desgraçada e fraca,que é presa a um sentimento que é concreto. Ah se eu pudesse lhe arrancar esse seu vício,eu juro,eu juro... que não o faria.

Texto escrito em Setembro de 2007.

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