Remôo os fragmentos dessa desilusão que me corroi os sentidos.
Eu pensei em jurar o esquecimento.Eu pensei em hospitalizar-me a alma.
Juro que não é proposital.
Eu queria fazer escorrer o líquido inflável que queima meu corpo e derrete meu coração.Eu poderia juntar seus pedaços e te fazer um novo ser, pela metade.
Eu desejo amor ao mundo que violentei. Eu te queria e vou te querer até o último grão de areia ser contado.
Ah,se eu pudesse moldar um templo onde os anjos cantam com os olhos e os demônios agridem com as harpas...
Se eu pudesse assoitar os pássaros e cuidar de uma vespa com tanto zelo que chegasse a amá-la, eu o faria...
Essa mente doente e invejada que domina um corpo cansado, também ama uma mente doente.
Aqueles olhos profundos que acidam os meus,e derretem minha alma,me machucando e criando feridas que jamais serão apagadas. Ah,se eu tivesse força e desejo o suficiente para cegar-lhe...
Alma desgraçada e fraca,que é presa a um sentimento que é concreto. Ah se eu pudesse lhe arrancar esse seu vício,eu juro,eu juro... que não o faria.
Texto escrito em Setembro de 2007.

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