Quando fecho meus olhos não sinto nada. O nada me abala, e não minto que não sou forte, que não me alegro a não ser em momentos, não minto que não sou melhor assim, sem brilho. Me apagaram, e eu nem vi isso.
Quando eu abri meus olhos vi desgaste, vi comédia, vi teatro.
Esse teatro insiste em ter bons atores, e eu insisto em assisitir a esse drama.
Não sou triste, não sou feliz, eu simplesmente não sou.
Não sou. E ainda me pergunto se um dia eu fui! O que?... Qualquer coisa talvez me alegrasse, mas me alegraria pelo passado e não mudaria a história, pois continuo em meu nada. Sendo nada, tendo nada, vendo nada, alimentando nada.
A ausência de mim mesma me angustia e me machuca. Eu só queria sorrir.
Continuo? ..Na verdade, eu não sei porque ainda estou aqui...
Isso não é amor. Sabe, não sei bem se ainda creio nisso. Sei que sou só, onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja, ou quem quer que seja. Eu estarei ali, só.
Ouço muito e não vejo nada. "Um dia"... Essa é a eterna fala. "Um dia"...
Um dia....
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